Mbappé, o gênio que destrói vestiários?

Kylian Mbappé chegou ao Real Madrid em 2024 como a grande aposta para liderar uma nova era de conquistas. Até 16 de maio de 2025, sua trajetória pelo clube foi marcada por altos e baixos: 28 gols em 35 jogos , vitórias decisivas e polêmicas nos bastidores. Enquanto sua habilidade técnica é indiscutível, rumores de desconforto no vestiário e críticas à diretoria ganham força. Será Mbappé o vilão ou apenas um reflexo de um sistema em crise?

Desempenho técnico de Mbappe: números que impressionam

Gols e decisões em momentos críticos

Mbappé tem sido o principal nome do Real Madrid na temporada 2024/25. Sua participação em 28 gols (25 gols e 3 assistências) consolidou-o como referência no ataque. Um dos momentos mais emblemáticos foi sua atuação contra o Manchester City na Liga dos Campeões, onde liderou a equipe à vitória épica. Além disso, na LaLiga, ele foi fundamental para manter o clube na briga pelo título, como no triunfo por 2-1 sobre o Rayo Vallecano, em março de 2025, ao lado de Vinicius Jr.

Adaptação tática sob pressão

Apesar das expectativas, Mbappé precisou se ajustar a um novo esquema tático. Sob o comando de Carlo Ancelotti, ele alternou entre o papel de ponta e centroavante, adaptando-se a diferentes sistemas. No entanto, críticos apontam que sua participação nos lances coletivos ainda é inferior à de jogadores como Vinicius Jr., que lidera o clube em passes decisivos

Polêmicas de mbappe nos bastidores: mito ou realidade?

Declarações que dividem opiniões

Uma das frases mais comentadas de Mbappé foi: "Não tenho limites" , dita em entrevista após uma vitória na Champions League. A declaração foi interpretada por alguns como arrogância, amplificando narrativas sobre seu suposto individualismo. A imprensa espanhola especulou que colegas de equipe teriam se incomodado com sua postura, embora nenhuma fonte oficial confirme os rumores.

Críticas à diretoria e ao projeto

A tensão envolvendo Mbappé também se reflete na gestão do clube. Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, enfrenta cobranças por apostar alto no francês, enquanto Barcelona, com Xavi e Hansi Flick, evoluiu estrategicamente, recuperando a liderança na LaLiga. A rivalidade entre os dois gigantes catalisou debates sobre se o Real Madrid está "atrapalhado" pela pressão por resultados imediatos.

O Real Madrid em números: dados que explicam a crise

Queda de rendimento coletivo

Apesar do brilho individual de Mbappé, o Real Madrid viu sua hegemonia ser ameaçada. Em 2025, o clube perdeu 6 jogos na LaLiga , um índice superior ao das temporadas anteriores. A defesa, outrora sólida, sofreu 42 gols até maio, contrastando com os 35 gols sofridos em toda a temporada 2023/24.

Comparação com Barcelona

Enquanto o Real Madrid oscila, o Barcelona, sob o comando de Hansi Flick, evoluiu taticamente, conquistando 12 vitórias consecutivas em 2025. A diferença na adaptação dos projetos técnicos entre os rivais reforça a crítica ao Real Madrid: será que o problema é Mbappé ou o modelo de gestão do clube?

A culpa é do gênio... ou do sistema?

Pressão de herdar o legado de CR7

Mbappé foi contratado para ser o sucessor de Cristiano Ronaldo, um ídolo inquestionável. A comparação constante gerou uma carga emocional única, exacerbada pela imprensa. Enquanto CR7 era celebrado por sua humildade e trabalho coletivo, Mbappé enfrenta cobrança por sua imagem de "estrela global", mesmo sem cometer falhas técnicas graves.

Cultura de celebridade no futebol moderno

O caso Mbappé reflete um dilema maior: o futebol contemporâneo prioriza celebridades em detrimento de líderes coletivos. Outros exemplos incluem Neymar no PSG e Haaland no Manchester City, onde talento individual nem sempre se traduz em harmonia no vestiário. Será o Real Madrid capaz de moldar esse novo paradigma?

E agora, futuro?

O que esperar até o final da temporada

Com a LaLiga decidida nos últimos jogos, o Real Madrid precisa de pelo menos 9 pontos nos últimos 4 jogos para garantir o título. Mbappé será peça-chave, mas sua relação com o elenco e a torcida dependerá de resultados imediatos. Caso contrário, a pressão sobre Florentino Pérez pode aumentar, colocando em xeque o projeto de longo prazo do clube.

O papel de Vinicius Jr. e Endrick

Enquanto Mbappé é o astro, Vinicius Jr. emerge como líder informal do grupo, com seu carisma e ética de trabalho. Endrick, promovido ao time principal, pode equilibrar o elenco, oferecendo uma alternativa menos polêmica para a torcida.

Conclusão

Kylian Mbappé é, sem dúvida, um dos maiores talentos da atualidade. Sua temporada no Real Madrid, porém, revela um paradoxo: gênios individuais podem elevar um clube, mas não garantem coesão coletiva . A crise do Real Madrid em 2025 não é culpa única de Mbappé, mas sim um reflexo de desafios sistêmicos — da gestão ao equilíbrio entre tradição e modernidade.